quinta-feira, dezembro 14, 2006

Para refletir

Vimos a morte de um ditador que matou, torturou e pilhou, para não dizer roubou (rico não rouba, desvia). Estou falando de Pinochet. Foi tarde. E infelizmente a igreja católica esteve lá, celebrando o quê? Somos a favor da vida. Há momentos na vida em que a consciência cristã deve anunciar e denunciar, ou peca diante de Deus, atraiçoando a verdade do homem e de Cristo. O cristão é chamado a testemunhar, no meio do mundo, o mistério sagrado do homem que foi assumido por Deus e, a defender o direito divino,identificado com o direito inviolável de cada homem de ser respeitado como pessoa. O calar diante das injustiças e violações, a sacralidade de cada homem significa cumplicidade; é mais cômodo e fácil; razões de ordem, de disciplina, de (falsa) unidade, de não-intromissão em questões políticas, são invocadas para justificar o absentismo. Arrostar todos os perigos, assumir as conseqüências da ousadia, superar medo inibidor, anunciar com destemor e denunciar com desassombro: isso é graça de Deus. Pinochet morreu sem ser penalizado pelos danos que causou. E mais, não restituiu aos cofres públicos tudo pilhou. Que pena!

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