domingo, abril 29, 2007

Educação Sexual




Todos os anos têm alunas 'tontinhas' que engravidam e depois sabe-se lá como vão criar seus filhos. A maioria é menor de idade e de juízo, o rapaz não assume nada e, nenhum dos dois trabalha.
Ano retrasado perguntei a uma aluna, da oitava série, como ela ia criar o seu filho, respondeu-me: "Minha mãe cria".
Semana passada, um amigo me disse que é contra o aborto, mas que se negou a assinar uma lista sobre o assunto, pois ele se pergunta o que será dos filhos gerados e nascidos sem planejamento. Detalhe, ele é agente penitenciário em uma das penitenciárias mais problemáticas do Estado. Então, ele sabe onde vai parar boa parte desses bebês gerados de forma irresponsável e criados de qualquer jeito.
Sou professora, e sei muito bem o que acontece com muitos jovens mal criados, mal amados, carentes de quase tudo, o que aprontam nas escolas públicas.
Também sou contra ao aborto. Também falo constantemente, para as alunas principalmente, que elas precisam ser espertas e se cuidar. Informação não falta, mas a conscientização anda bem longe da maioria desses jovens. Também é preciso analisar o meio ambiente em que eles vivem. As histórias dos bailes funkies que os próprios alunos contam é de arrepiar: meninas vão sem calcinha para transar com todo mundo, droga rola solto, e todo mundo bate em todo mundo. Na periferia esse ritmo é uma epidemia. Hoje o lema da maioria dos jovens da periferia é: sexo, drogas e funkie. Modernidade, minha gente! Mas a alienação continua a mesma.

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