Numa das maiores obras literárias de todos os tempos, A DIVINA COMÉDIA, Dante descreve os diversos compartimentos que existiriam no Inferno. Neles instala as personagens de conformidade com os hábitos, práticas e formas de pensar. Não perdoa nem acusa, apenas enquadra de forma pitoresca cada figura da vida pública de seu tempo, envolvendo a todos de forma tão marcante e fiel à realidade que a expressão “comédia dantesca” se perpetuou em inúmeras línguas mantendo-se atualizada e adequada aos mais diferentes pontos do Globo.
No oitavo círculo do inferno, no que seria em termos modernos, o oitavo andar do edifício onde todos residiriam após o “juízo final” Dante localiza as acomodações destinadas aos MALVERSADORES DO TESOURO PÚBLICO. Suplícios terríveis são aplicados aos homens corruptos, que assaltam os cofres do povo, desviam os recursos que seriam destinados aos serviços mantidos pelo erário tais como escolas, hospitais, creches, postos de saúde, conservação de estradas, praças e tantos outros.
Fantasiosa que possa parecer, A Divina Comédia deve levar a sociedade a refletir sobre os escândalos em série produzidos por significativa parte da classe política, também por funcionários que ocupam cargos elevados, postos que lhes facultam manipular pessoas e interesses os mais escusos. A corrupção se instala nos mais diferentes rincões do país e do mundo, gera a impunidade que, por sua vez, gera a corrupção, num círculo vicioso e viciado arregimentando contingente numeroso de futuros hóspedes do oitavo andar de Dante.
Chaga de ordem moral, atestado da inferioridade humana, a corrupção parece cercear os esforços de homens íntegros, magistrados idôneos ainda dispostos a responder pelo juramento sagrado à defesa da Lei verdadeira. O combate a esse impetuoso vírus deve constituir uma prioridade de todos os segmentos da sociedade, de todas as crenças religiosas, de todas as profissões, individual e coletivamente, enfim de todos os seres decentes que raciocinam e crêem nas verdades fundamentais da vida.
O corrupto ainda que iludido pela fuga às leis humanas, precisa ser alertado de que não escapará à Justiça das leis Supremas, de que ALGUM DIA o egoísmo, a cupidez, a ambição desmedida e os diversos métodos de prevaricação que envergonham o homem como criação de Deus, serão erradicados do mundo, por meio da formação moral, educação no Lar, orientação à infância desprotegida, conscientização do ser social sobre a verdadeira finalidade da vida e, quando imprescindível, pela aplicação severa das LEIS TERRENAS aos que não saibam ou não queiram trilhar os caminhos indicados pelas sábias lições do Mestre Jesus e ainda se mantenham como atores/palhaços da DIVINA COMÉDIA.
PECAJO
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