EM TEMPO
Rápida reflexão a cerca do problema da menoridade e maioridade
Outra vez a sociedade brasileira é acometida por um acontecimento que a deixa estarrecida e sensibilizada. Estou me referindo, sobretudo ao ocorrido no Rio de Janeiro, quando alguns rapazes, ao efetuarem um assalto, acontece, infelizmente, de arrastarem uma criança que ficou presa ao cinto de segurança. Diante dos fatos, parte da sociedade se mobiliza com manifestações de protestos, diante de instituições políticas. Usando do meio de comunicação e outros, no intuito de chamar a atenção de autoridades competentes para os fatos e assim pressionar que se reveja à questão da idade penal, que hoje estabelece a idade de 18 anos como referência mínima. É isso que eu estou entendendo. Que pena mesmo que as reflexões a cerca desse assunto se intensifica justamente ao calor de acontecimentos bárbaros, como os que vêem acontecendo no Rio de Janeiros! Entendo que é preciso ser sereno e profundo, para não incorrer num erro de avaliação e talvez ai cometer injustiça. Além de perder tempo com mediocridades.
Sabe, penso que a reflexão deve ser aprofundada, atingindo todos os seguimentos da sociedade brasileira. O interesse coletivo não deve ser confundido com interesses particulares. É preciso ainda observar e analisar todas as realidades envolvidas sem sensacionalismo, sem mágoa e mantendo imparcialidade.
Veja os fatos: dos que assassinaram aquele garoto depois que o arrastaram, um só tem menos de 18 anos. Por que esse alvoroço agora? E mais, os maiores criminosos do nosso país e por que não dizer do mundo, realmente não são os menores de idade. Em alguns lugares, como em alguns Estados dos EUA o fato de terem abaixado a idade penal não resolveu o problemas da violência. Então não tem sentido essa discussão. No mais, entendo que esse problema deve nos levar a refletir mais na raiz da questão!
Aqui no Brasil, o que mais nos assusta é a impunidade, o sentimento de impotência em relação à justiça que não poucas vezes é morosa, parcial e às vezes corrupta e incompetente. A justiça é cega! A balança pende sempre onde se coloca mais dinheiro. Como dizem “a justiça tem o seu preço”. Disso todos nós sabemos, até as crianças.
Então não entendo por que fazer um cavalo de batalha com essa questão agora! Sabemos que é de praxe de alguns meios de comunicação fazerem terrorismo dando cobertura aos fatos num tom exacerbado de sensacionalismo. Então esses não devem ser a referência para uma discussão equilibrada e serena.
É preciso considerar que há centenas e milhares de crianças que estão abandonadas, que vivem nas ruas perambulando, outras que morrem vítima da desnutrição, do mau atendimento médico. Veja o caso os Curumins (primeiros donos destas terras) no Mato Grosso do sul e no Tocantins! Se não cuidados bem dos nossos meninos por que agora queremos dar a eles um tratamento igual aos grandes? Por que ele ainda devem pagar por erros cometidos por gente adulta?
É oportuna a gente lembrar de criminosos como, um tal jornalista que disparou contra a sua ex-namorada e continua ai vivendo livremente, ainda que já condenado pela justiça, (“justiça”?) Não é menor de idade. Do ex-juíz Nicolau que desviou “desviou”? (será que não roubou?) mais de 140 milhões e ale de não ter ressarcido a união, continua livre. Coitado, está doente demais pra se preso na cadeia. Então está em sua “casinha”, uma mansão num bairro nobre de São Paulo. Nota: Não é menor de idade. Ainda me lembro de como ele debochava de todos os brasileiros mostrando uma de suas casas nos EUA. (detalhe: até as torneiras eram folhadas a ouro) Quer mais: é um tal político bem conhecido nosso que é liso como “porco ensebado” e escapa sempre! Não conseguem prender o homem. (será por quê?) Agora ficou ainda mais difícil já que a elite paulista o elegeu deputado usando o antigo bordão “rouba mais faz”. Esse também não é menor de idade!
Conclusão: a questão da maioridade ou menoridade é séria. Não pode ser confundido com mediocridade. Não devíamos colocar em discussão nessa situação. Mais o Brasil tem fama de agir assim e isso é realmente uma pena. Corre-se o risco, de tampar o sol como a peneira, como já ocorreu outras vezes. Além do mais por que penalizar uma parte da sociedade, que por si só já vem sendo penalizada ao longo dos anos. A “corda só arrebenta do lado mais fraco”,
Pe. Carlos Ferreira da Silva, CSs
Missionário no Tocantins.
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