Era uma linda quinta-feira de agosto e às 9h da manhã meu telefone funcionava que era uma beleza. Dia lindo, um sol gostoso de inverno, lá fui eu trabalhar. Porém, quando retornei às 13h, ele, o meu telefone, estava mudo. A primeira coisa que fiz foi falar com o zelador do prédio e perguntar se algum funcionário da Telefônica tinha feito conserto na rua. É o que sempre faço quando surge algum problema na linha, pois nas últimas cinco ou seis vezes, “eles” estiveram trabalhando na rua. Esse serviço terceirizado é um horror, um caso de polícia.
Na quinta, após o almoço, sem telefone e sem internet – que falta faz! - fui até o telefone público dentro do prédio e liguei para 10315, achando que “seus problemas acabaram” não era só naquele programa de humor. E não é que a atendente me diz que testou a linha e estava normal! Alguém entendeu? Nem eu! Então, perguntei ao zelador se alguém tinha feito serviço no corredor ou no painel que fica na portaria. Ninguém! Aproveitei um vizinho que passava pela portaria, sempre sem camisa e, pedi um aparelho convencional para testar a linha, já que o meu é sem fio e poderia estar com problema. Teste feito, a linha continuava muda, eu sem telefone e speedy, pois uma coisa depende da outra. Voltei a falar com o zelador e pedi que ele arrumasse alguém para vir olhar se era problema interno. Não era.
O próprio zelador telefonou de novo para a Telefônica, (ainda) constava que a linha funcionava normalmente. Deuses do Olimpo, pensei, o que está acontecendo? Seria praga daquele aluno que joga giz em mim enquanto passo um resumo na lousa? Será que ‘aquela’ facção criminosa (des) apropriou minha linha? Praga de mãe? De algum ex?
Na dúvida, telefonei para 10315, de novo, e insisti para que alguém viesse resolver o problema. A moça continuava dizendo que a linha fora testada e estava em ordem. Mas, diante da minha insistência, disse que agendaria uma visita técnica. Não agendou. Vinte e quatro horas depois eu ainda estava sem telefone e sem speedy.
Interessante é que depois que eu liguei pela segunda vez reclamando e o zelador já tinha ligado também, alguém telefonou na portaria e perguntou se eu tinha um serviço pago da telefônica para resolver o problema. Respondi que não, então, ele me ofereceu um, a cinco reais ao mês. Recusei claro, já que todas as evidências mostravam que não era problema interno e sim da empresa que presta um (des) serviço a uma aficcionada virtual. Ai meus e-mails! Meus joguinhos do Yahoo! Skype! Quem estará on line nesse momento tão trágico?
Com tudo isso, 24 horas depois eu continuava sem linha, sem speedy e sem saber o que fazer. No fundo, bem lá no fundo, eu já sabia, pois na quinta teve gente dessa empresa assombrosa, fazendo serviço na rua.
Liguei novamente, explicando o problema, insistindo em uma solução, só faltei me ajoelhar diante do telefone público (ainda não comprei um celular!), aí a moça disse que não tinha certeza se a linha estava com problema e que ia enviar alguém. Dá para acreditar? Calei-me e não mencionei que os atendentes anteriores haviam dito que a linha estava normal. E, finalmente, três horas depois, tudo estava funcionando: telefone e speedy! O mundo voltou a girar! Só que eu fiquei vinte e sete horas sem os serviços. Assunto encerrado? De jeito nenhum! Mais tarde, alguém do setor de relações humanas ligou em minha casa para saber se eu tinha feito “aquele plano” de cinco reais para os consertos extras. Enfatizei que não. Ela disse algo sobre ter sido feito e depois, bloqueado.
Nas últimas cinco ou seis vezes que deu problema em minha linha telefônica, funcionários da Telefônica tinham feito serviço na rua. Com certeza deve ser pura coincidência, claro. Mas, uma dúvida ficou: será que essa traquinagem de dizer que não tinha problema na linha era para eu comprar um serviço de conserto? Existem técnicas de vendas mais modernas, gente!
Eu só não tive uma epifania e cancelei a linha, porque minha conexão para internet tem menos de doze meses e, pagarei multa caso cancele antes. Claro, que eu fiz questão de aceitar essas regras pode ter certeza que a escolha foi minha! Por que eu compraria um serviço que me permitisse cancelar a hora que me fosse conveniente ou que não estivesse me agradando? Não, eu quero a escravidão por doze meses e ainda com multa alta! Pois eu até troquei a outra empresa por essa, cancelei um contrato antigo, para ficar com o speedy. E fui enganada de novo! Não é bárbaro? Consta na conta, que o preço do speedy é setenta e oito reais e quarenta e seis centavos e que eu tenho um desconto de 36,40% por isso pago quarenta e nove reais e noventa centavos. Isso quer dizer que, quando eu completar um ano- feliz aniversário!- terei um aumento de 36,40% e não o aumento de lei que deve ser menor. É uma maneira bem esperta de enganar o cliente quando tiver que majorar o valor da mensalidade. Novos tempos, novas táticas!
Já é sábado, o sol brilha lá no alto da pedreira e eu fico aqui pensando. Acho que essa empresa tinha que ir embora do país. Ela é estrangeira, é espanhola! E nós já temos os nossos ladrões tupiniquins, não precisamos de mais um.
E viva o Brasil! Terra de Sarney, Collor, Renan!
Salve, salve, o Conselho de Ética do Senado!
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