quarta-feira, março 21, 2007

Ladrão?

É incrível como a modernidade se encarrega de evidenciar enorme variedade de vocábulos que parecem disfarçar ou substituir de forma social essa palavra tão presente e, na realidade, a mais adequada a diversas situações e personagens. A imprensa, hoje chamada de mídia, adota diversificada coletânea de expressões ao noticiar atividades ilícitas de cidadãos das várias classes sociais. Estranhamente a palavra foi abandonada.
O que é um ladrão?
Aquele que invade sorrateiramente algum ambiente subtraindo objetos de valor, isto é, exclusivamente alguém que se apossa de bens alheios? Aquele que cobra muito alto por algum trabalho que realiza? Aquele que engana seu parceiro em alguma negociação?
- Ladrão é aquele que envergonha a sua própria consciência, obtendo pela força ou pela astúcia, o que não lhe pertence. Este é o ladrão mais grosseiro; entretanto, ainda existem outros tipos de ladrão disseminados por toda parte:
- É o ladrão que rouba na “maciota” ou no “cara-de-pau” - é o que rouba o tempo seu e dos outros com futilidades.
- É ladrão quem desperdiça as economias de Deus, gastando os pensamentos em coisas vãs, distribuindo pérolas aos porcos – utilizando o tempo precioso com bobagens e discussões tolas.
- Ladrão é o que se apossa do bem coletivo, que desvia recursos destinados à comunidade. Esse é um ladrão vil, dos mais nojentos – causa asco, ojeriza.
- Ladrão é o que recebe procuração de irmãos cidadãos para exercer a representatividade pública e despende tempo e recursos na exclusiva defesa de interesses pessoais ou corporativistas.
A moderna linguagem da imprensa discrimina o vocábulo “ladrão”. Abandona-o amenizando o impacto de seu significado, quando o fato envolve “gente da sociedade” ou políticos. Fica a impressão de que ladrão é um simples pária da comunidade humana, apenas o invasor de residências que furta objetos e desaparece esgueirando-se pelas sombras da noite.
Sempre existiram ladrões, assassinos e mentirosos. A questão é que o momento oferece variedade, quantidade e, o que é pior, especialidade.
Como cuidar deles?
É uma equação que há milhares de anos a própria ciência e as leis humanas buscam e não encontram. Mas quem Busca algum dia haverá de encontrar a verdade por ser Deus infinitamente bom, Pai de justiça e amor. Assim, o que resta aos “normais”, enquanto viventes, é confiar na Justiça Divina e acreditar que todos esses defeitos da personalidade são processos delineados pela natureza. São forças biogenéticas que lutam entre si para que surja o equilíbrio no futuro, com o objetivo de produzir o verdadeiro homem racional, voltado para o BEM.
Enquanto se está no aguardo da Justiça Superior, é preciso que o homem comum faça sua parte: Descartar o Magistrado que libera o ladrão “para mentir”, descartar, não a palavra, mas esse ignóbil ser, através dos meios que o “Regime político” proporciona. É hora de desconsiderarmos as metáforas dissimuladoras do verdadeiro vocábulo atualmente em desuso: LADRÃO


Pecajo – 09.03.06

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